A grafoscopia é uma área da perícia que se dedica ao estudo e análise da escrita manual com o objetivo de identificar características individuais da caligrafia de uma pessoa. Ela tem uma longa história, que remonta a várias civilizações antigas.
Os primeiros registros de análise de escrita remontam à China antiga, por volta de 200 a.C., durante a dinastia Han. Na Europa, as primeiras tentativas de identificação de escrita remontam à época de Cícero e Quintiliano, na Roma Antiga. No entanto, a formalização e o desenvolvimento da grafoscopia como um campo de estudo específico se deram mais intensamente no final do século XIX e no início do século XX.
O pioneiro na área moderna da grafoscopia foi o francês Alphonse Bertillon, que desenvolveu um sistema de identificação de criminosos com base na análise de características individuais da escrita. A partir daí, a grafoscopia começou a ser cada vez mais reconhecida como uma disciplina valiosa na investigação forense, sendo amplamente utilizada em casos judiciais para autenticar documentos e identificar autores anônimos de cartas e outros escritos.
Ao longo dos anos, os métodos e técnicas de análise da escrita manual foram refinados e aprimorados com o avanço da tecnologia. Atualmente, a grafoscopia se vale de instrumentos mais sofisticados, como microscópios eletrônicos e softwares de reconhecimento de padrões, que auxiliam os peritos na identificação de elementos específicos de cada caligrafia, tais como pressão, inclinação, espaçamento, entre outros.
Essa disciplina é crucial não apenas em casos criminais, mas também em transações comerciais e processos legais que envolvem a autenticidade de documentos. A grafoscopia continua a evoluir com o progresso tecnológico, contribuindo para o estabelecimento da autenticidade e confiabilidade de documentos escritos, garantindo a integridade e a segurança de vários tipos de registros escritos.